A empresa havia se comprometido, em audiência, a fazer o pagamento dos salários do mês até o último dia do mês seguinte. |
De acordo com o advogado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintraconst-ES), Bruno Fajardo, a empresa havia se comprometido, em audiência, a fazer o pagamento dos salários do mês até o último dia do mês seguinte, que foi na quarta-feira.
Em função do descumprimento, explicou Bruno, o sindicato entrou com ação judicial na 132ª Vara do Trabalho de Cachoeiro cobrando o pagamento de multa estipulada pelo juiz e solicitando também a antecipação de audiência, que estava marcada para o dia 23 de junho.
A situação dos funcionários é preocupante. “Meu marido está sem receber desde dezembro. São cinco meses sem salários, além do 13º”, disse a mulher de um funcionário da fábrica de cimento, que pediu para não ser identificada. Há trabalhadores com férias atrasadas também.
Para tentar solucionar o problema, o juiz Giovanni Antonio Diniz Guerra realizou audiência pública no dia 23 de março entre as partes. Na ata da reunião, o magistrado afirma que considerou a crise econômica enfrentada pela empresa e também as necessidades do trabalhador.
Após três horas de negociação, o juiz definiu que os salários atrasados fossem parcelados em 24 vezes e que a empresa pagasse 65% do vencimento de fevereiro.
E ainda, que a partir daquela data todo trabalhador com salário de até R$ 2 mil passasse a receber integralmente seus vencimentos até o último dia do mês subseqüente.
Trabalhadores com salários entre R$ 2 mil e R$ 4 mil receberiam 65% de seus vencimentos. E os funcionários com vencimentos acima dos R$ 4 mil receberiam 60%.
No entanto, em caso de descumprimento do acordo, o juiz estabeleceu multas que variam de R$ 3 mil a R$ 4 mil por cada um dos 600 trabalhadores.A reportagem não conseguiu falar com os representantes da Itabira Agro Industrial S/A.
Fonte e Data da Publicação Original: Publicado no site JORNAL FATO em 03/06/2017