“Mas, a Nassau em Sergipe não está mais produzindo cimento. Está praticamente fechada desde janeiro de 2016”, afirma. O sindicalista informa, ainda, que as demissões dos funcionários da Nassau tiveram início depois da greve ocorrida em outubro de 2015. “O grosso das demissões foi em março de 2016, quando cerca de 200 trabalhadores foram postos para fora”, diz.
Um dos funcionários demitidos, que não quis se identificar porque o processo ainda corre na Justiça, informa que a empresa ainda está devendo dinheiro a ele. “Fui demitido em janeiro de 2016 e até agora não me pagaram a indenização da rescisão de contrato”, reclama. Ao todo, o número de funcionários demitidos está em torno de 450.
“Depois que demitiu todo montante, a empresa começou a dar calote e ninguém mais recebeu a rescisão”, informa Djenal Prado, ao acrescentar que o sindicato conseguiu entrar com ação coletiva na justiça e o FGTS e Seguro Desemprego dos trabalhadores demitidos foram pagos.
“Mas, rescisão mesmo não foi paga ainda. A empresa está confiando na morosidade da Justiça. Ofereceram o Pedido de Demissão Voluntário [PDV], que não traz nenhum benefício para os funcionários, foi só para parcelamento das dívidas e a grande maioria não aderiu”, explica.
O presidente do Sindicagese explica que a crise da Fábrica de Cimentos Nassau é em todo país e a empresa já fechou as portas de fábricas localizadas em 11 estados. “É uma crise familiar, interna, que iniciou desde que o patriarca faleceu”, afirma.
Djenal Prado lembra, ainda, que da dívida que a Nassau tem com o Estado de Sergipe. “É uma dívida de sonegação de imposto, no valor de R$ 380 milhões, que já foi noticiada na imprensa”, diz.
A equipe de reportagem do Portal Infonet tentou por várias vezes contato com a sede da Nassau, em Nossa Senhora do Socorro, mas não obteve êxito. Tentamos falar com o gerente geral Ramon Setubal, mas ele já havia saído.
Fonte e Data da Publicação Original: Publicado no site Infonet Notícias de Sergipe dia 24/03/2017